Por Tatiana Zaccaro – São Paulo
O nome já entrega: estamos falando daquele comércio local, perto de residências, faculdades, locais com grande fluxo de pedestres e que tem ganhado cada vez mais destaque em pequenas e grandes cidades.
Quando pensamos num bom lugar para viver, temos em mente não só o espaço físico da casa, mas também a região ao seu redor. Ruas tranquilas, sem tanto trânsito e, principalmente, perto de comércio de bens essenciais. O recente período de isolamento deixou muito claro a importância em ter mercado, padaria e farmácia perto de casa. Também houve mudanças de modo de vida, muita gente passou a trabalhar remotamente e a dedicar mais tempo ao lazer e descanso.
Esses aspectos foram importantes para o crescimento do varejo de proximidade. Mas do que se trata? São comércios que oferecem comodidade e conveniência, com uma seleção de produtos aliados às necessidades do cliente, localizados a poucos metros de casa. Ou seja, a famosa mercearia de bairro é um varejo de proximidade, assim como lojas de conveniência, padarias, mini mercados e açougues.
Perfil do consumidor
Segundo dados do IBGE de 2022, mais de 11,8 milhões de pessoas vivem sozinhas no Brasil, sendo que 45,9% dessas pessoas têm entre 30 e 59 anos. Esse é o nicho ideal de consumidor do varejo de proximidade. Pessoas que estão no mercado de trabalho, passam o dia todo ocupadas e não costumam estocar tantos alimentos e produtos, preferindo comprar de acordo com a necessidade do momento ou semanalmente. E um dos aspectos do varejo de proximidade está na compra rápida, bem ao modo grab and go. Por isso é importante fazer uma análise de mercado para saber quais os produtos mais procurados de acordo com o perfil do cliente. Um comércio que fica próximo a uma universidade provavelmente terá um mix de produtos diferentes daquele que fica numa área residencial.
Modelo de negócio
Geralmente esses comércios vendem seus produtos a um preço um pouco mais elevado que os grandes mercados. Isso seria uma desvantagem? Não, porque o preço vai de acordo com a comodidade que o cliente deseja, seja no tempo a ser poupado ou na certeza de que vai encontrar aquilo que ele quer. E ainda há um outro fator favorável: no varejo de proximidade as chances de fidelização são maiores, já que o cliente em potencial está por perto. E podemos dizer que não é uma tendência, é um modelo de negócio que veio para ficar. Prova disso são as grandes redes do varejo a abrirem lojas menores, com mercadorias exclusivas e em pontos estratégicos. Vale ficar de olho no que acontece pela vizinhança.
Por falar nisso, no Fórum Internacional vamos contar com especialistas no mercado de varejo, lojas de conveniência e food service. Os ingressos para o Fórum e para a ExpoPostos & Conveniência 2024 estão à venda. Acesse o site para mais informações e continue conferindo a Newsletter que traz sempre matérias sobre o setor.