No dia 30 de novembro aconteceu a reunião da OPEP+, braço da OPEP, onde os principais países produtores de petróleo tentaram estabelecer soluções para a constante queda no valor do barril
Na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo Plus (OPEP+) a grande preocupação era tentar frear a queda no preço do barril de petróleo que vem acontecendo nos últimos meses. O barril WTI teve um recuo de 1,39%, chegando a custar US$ 73,03. Já o Brent, teve uma queda de 1,08%, chegando a US$ 78,03. Se compararmos com o ano de 2022, o valor médio do WTI ficou em torno de US$ 94,31 e o Brent em US$ 98,96.
O plano inicial era fazer cortes na produção de petróleo para até 1 milhão de barris/dia. O acordo na última quinta-feira ficou em torno de 2,2 milhões de barris/dia. A Arábia Saudita, principal integrante da organização, se comprometeu a estender o corte de até 1 milhão de barris/dia até o final do primeiro trimestre de 2024. Já a Rússia afirmou que fará uma redução voluntária na exportação para 500 mil barris/dia.
No início desta semana, o valor do petróleo caiu 1%, motivado pela incerteza nos cumprimentos do acordo, já que alguns países integrantes como os Emirados Árabes Unidos, Angola e Nigéria se mantinham um tanto relutantes quanto ao corte na produção. As divergências entre os países membros, junto com o recente conflito na Faixa de Gaza e os efeitos da pandemia continuam a manter a instabilidade no mercado do petróleo.
Convite ao Brasil
Um dia antes da reunião, o Brasil recebeu o convite para integrar o grupo de aliados da OPEP+, uma iniciativa que partiu da Arábia Saudita. O país deve se juntar a partir de janeiro, já que está entre os 10 maiores países produtores de petróleo do mundo, sendo o maior produtor da América Latina desde 2016, produzindo cerca de 3,3 milhões de barris/dia. Segundo o Ministério das Minas e Energia, essa adesão não vai influenciar na produção nem nos preços dos combustíveis do país, continuando “descolados” do mercado internacional.