ExpoPostos & Conveniência

15ª FEIRA E FÓRUM INTERNACIONAL DE POSTOS DE SERVIÇOS,
EQUIPAMENTOS, LOJAS DE CONVENIÊNCIA E FOOD SERVICE

O chamado comércio de proximidade tem proporcionado cada vez mais rapidez, facilidade e praticidade

Encher a despensa de mantimentos, ou pelo menos repor os produtos que faltam, sem ir muito longe de casa. Eis uma maneira simples de interpretar a principal função das lojas de conveniência. Função que, por sinal, invade um dos mais tradicionais redutos de compras no Brasil: o supermercado.

Entre uma opção e outra, o que mais pesa para o consumidor na hora da escolha?

A resposta não é tão simples, mas a cofundadora e diretora executiva da consultoria Valsa (Valdevez e Santiago Assessoria Empresarial), Giselle Valdevez, oferece algumas explicações, a partir de sua importante experiência no setor.

Segundo ela, um dos muitos efeitos da pandemia causada pela Covid-19 foi a mudança de hábitos e comportamento de consumo. “Isso aconteceu no mundo todo! Com as restrições de circulação e isolamento, as idas a supermercados, por exemplo, se tornaram menos frequentes e, para algumas pessoas, o delivery foi a solução”, afirma.

Diante dessas circunstâncias, continua Giselle, o consumidor buscou alternativas para fazer suas compras e encontrou em formatos menores, como as lojas de conveniência e mercados de proximidade, uma forma confortável e conveniente de fazer suas compras. “As lojas adaptaram seus sortimentos, especialmente em itens de minimercado, para atender às novas demandas”, explica.

Menos vezes ao supermercado

A consultora cita pesquisas que apontam que o consumidor pretende ir menos vezes ao supermercado, mesmo depois da pandemia. A pesquisa da Nielsen aplicada em 2020, destaca que 33,4% dos entrevistados afirmaram que vão continuar fazendo menos visitas a supermercados e 25% pretendem fazer compras perto de casa.

Outra pesquisa, da Accenture, apontou que 72% dos consumidores estão comprando mais em lojas de bairro.

“As grandes compras continuarão sendo feitas nos supermercados, mas para as de reposição e emergência o consumidor irá priorizar os formatos menores e mais rápidos, mais convenientes, mais práticos”, prevê Giselle. Em poucas palavras: facilidade, agilidade e praticidade (one stop shop).

Ela ressalta ainda que o delivery cada vez mais ganhará espaço, tanto para supermercados quanto lojas de conveniência: a loja na porta de casa.

No Brasil, diferentemente de outros segmentos do varejo, o de conveniência tem muito espaço para crescer. Hoje existem 8.100 lojas de conveniência no país, que representam 20% do total de 40 mil postos de combustíveis. Na Argentina, o percentual é de 50% dos postos de combustível com lojas de conveniência, nos EUA chega a 94%. Os dados são das consultorias AGR e Ascential Retail.

Vantagens para o consumidor

Não por acaso, alianças estratégicas vêm sendo feitas no Brasil para operarem no comércio de proximidade. É o caso da brasileira Raízen (operadora da rede de postos Shell) com a mexicana Femsa, do setor de bebidas, que originou a Oxxo.

Outra união foi anunciada no início do ano. A Vibra Energia (BR Distribuidora) e as Lojas Americanas comunicaram parceria para a integração das lojas de conveniência BR Mania e Local. Atualmente, a Vibra Energia conta com aproximadamente 1.200 lojas no formato BR Mania, operadas por franqueados, e a Lojas Americanas possui 55 lojas próprias Local.

Diante do quadro de expansão do comércio de proximidade em competição com as redes de supermercados, certamente aumentam as vantagens e conveniências para o consumidor.